sábado, 2 de junho de 2012

Vamos EVANGELIZAR como podemos e onde estamos.



Evangelismo é o processo de ganhar pessoas para Cristo e torná-las membros da igreja responsáveis e preparados para se encontrar com Jesus. Evangelizar significa instruir no evangelho; converter ao cristianismo. “Evangelismo, o próprio coração do cristianismo, é o tema de importância capital para quantos são chamados a fim de proclamar e derradeira mensagem de advertência que Deus faz no mundo condenado. Estamos nos últimos instantes da história deste planeta obscurecido pelo pecado, e a mensagem do advento, com o objetivo de preparar o povo para a volta do Senhor, precisa atingir todos os confins da terra” Evangelismo, p.5
II – A comissão de Cristo
A – “Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado. E eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século.” Mateus 28:18-20
B – Na comissão dada aos discípulos, Cristo não somente lhes indicou a obra, mas deu-lhes a mensagem. Ensinai o povo, disse, “a guardar todas as coisas que vos tenho mandado”. Os discípulos deviam ensinar o que Cristo ensinara. O que Ele falara, não só em Pessoa, mas através de todos os profetas e patriarcas do Velho Testamento, aí se inclui. É excluído o ensino humano. Não há lugar para tradição, para as teorias e conclusões dos homens, nem para a legislação da igreja. Nenhuma dessas ordenanças que têm sido ensinadas por autoridade eclesiástica se acham incluídas na comissão. “A Lei e os Profetas” com a narração de Suas próprias palavras e atos, eis os tesouros confiados aos discípulos para serem dadas ao mundo. “O Evangelho tem de ser apresentado, não como uma teoria sem vida, mas como força viva para transformar a vida” Evangelismo, pp.15,16
C – “A obra evangelística, de abrir as Escrituras aos outros, advertindo homens e mulheres daquilo que está para vir ao mundo, deve ocupar, mais e mais, o tempo dos servos de Deus”. Evangelismo, p.17
D – “O Senhor determinou que a proclamação desta mensagem fosse a maior e mais importante obra no mundo, para o presente tempo”  Evangelismo, p. 18
III – Evangelismo é a prova do chamado do Ministério.
A – II Timóteo 4:1-5. Pastores são exortados a fazer a obra de um evangelista.
B – Sem evangelismo, não há razão para a existência de igreja. Tire o evangelismo de uma igreja e ela se deteriorará e diminuirá. Uma igreja que trabalha é uma igreja saudável.
C – O plano de Deus para cada jovem é ser ensinado a fazer a obra evangelística.
1 – “Senhor chama os que estão trabalhando em nossos sanatórios, casas publicadoras e escolas, para ensinarem a juventude a fazer trabalho evangelístico. Nosso tempo e nossas energias não devem ser tão grandemente empregados em estabelecer sanatórios, mercearias e restaurante, de modo que as outras atividades da obra sejam negligenciadas. Rapazes e moças que deveriam estar empenhados no ministério, na obra bíblica e na colportagem, não devem ficar presos aos trabalhos mecânicos.”  Evangelismo, p.24
2 – Deus chama consagrados obreiros que lhe sejam leais – homens humildes, que vejam a necessidade de obra evangelística e que não recuem, mas diariamente trabalhem com fidelidade, confiando em Deus quanto ao auxilio e a força em qualquer emergência. A mensagem tem que ser apresentada pelos que amam e temem a Deus. Não transfirais   vossa responsabilidade para nenhuma Associação. Ide e, como evangelistas, com humildade apresentai um “Assim dizem as escrituras”. Evangelismo, p.24
QUEM DEVEMOS ALCANÇAR NO EVANGELISMO?
I – O evangelismo tem a responsabilidade de buscar todos as pessoas.
A – Apocalipse 22:17. “Aquele que tem sede venha, e quem quiser receba de graça a água da vida.”
B – Ezequiel 33:7-9. “A ti, pois, ó filho do homem, te constituí por atalaia sobre a casa de Israel; tu, pois, ouvirás a palavra da minha boca e lhe darás aviso da minha parte.”
C – “O convite evangelístico deve ser dado aos ricos e aos pobres, aos altos e humildes, e cumpre-nos imaginar meios de levar a verdade a novos lugares, e a todas as classes de povo”. Evangelismo, p.552
D – “Em todas as estradas da vida há almas a serem salvas, os cegos estão tateando nas trevas, comunicai-lhes a luz, e Deus vos abençoará como colaboradores Seus”. Evangelismo, p.553
Grupos  que Necessitam de Atenção Especial
A – Ministros de Outras Denominações.
1 – “Nossos ministros devem procurar aproximar-se dos ministros de outras denominação. Orai por eles, por quem Cristo  está interessado. Pesa sobre eles solene responsabilidade. Como mensageiros de Cristo, cumpre-nos manifestar  profundo e zeloso interesse nesses pastores de rebanho”. Evangelismo, p.562
2 – “Nossos  ministros devem fazer sua obra especial o trabalho por ministros. Não devem entrar em polemica com eles, mas com a Bíblia  na mão, insistir com eles para que estudem a palavra, feito isso, muitos ministros que agora pregam o erro hão de pregar a verdade para este tempo”. Evangelismo, p.562
B – O Povo Comum.
1 – “Há uma classe mais acessível. Muitos deles são mais dignos que os mais ricos, que nem sempre obtiveram sua riqueza por meio dos mais estritos princípio de integridade. Alguns há que não sacrificariam princípios ou a estrita honestidade a fim de possuir qualquer quantidade de dinheiro. Esta é a classe que, sendo-lhes a verdade apresentada com  sabedoria, haveria de recebê-la, e daria obreiros dignos de confiança para colaborar com Deus. O obreiro, pela sabedoria dada por Deus, trabalhará de maneira a atrair essas partes, reunindo-as em Cristo Jesus”. Evangelismo, p.564
2 – “O povo do Senhor é na maioria composta dos pobres deste mundo, do povo comum. Não muitos sábios, nem muitos poderosos, nem muitos nobres são chamados. Deus escolheu os pobres deste mundo. Os ricos são chamados em certo sentido; são convidados, mas não aceitam o convite. Mas nestas cidades ímpias o Senhor tem muitos que são humildes, e todavia confiantes”. Evangelismo, p.566
C – Trabalho pela Humanidade Caída
1 – “Os indolentes, os dados ao fumo, os adeptos do álcool, são muitos. Mas  a verdade deve ir a eles… É nosso dever olhar à humanidade caída como nosso campo”. Evangelismo, p. 566
2 – “Coisa alguma dará tanta reputação, nem poderá dar, à obra na apresentação da verdade tanto impacto como ajudar o povo exatamente onde se encontra”. Evangelismo, p.567
D – Os Estrangeiros em Nosso Meio
1 – “Cristo não conhecia distinção de nacionalidade, posição ou credo”. Evangelismo, p. 568
2 – Não negligenciar os grupos minoritários em nosso território.
E – Trabalhando com os Católicos Romanos
1 – “Não devemos, ao entrar em lugar, criar barreiras desnecessárias entre nós e outras denominações, especialmente os católicos, de maneira que eles pensem que somos declarados inimigos seus. Não devemos suscitar preconceitos desnecessariamente em seu espirito, fazendo ataques contra eles… Pelo que Deus me tem mostrado, grande numero será salvo dentre os católicos”. Evangelismo, p.573
2 – “Irmãos, não ataqueis com demasiado vigor os preconceitos do povo. Não se deve sair do caminho para investir contra outras denominações. Por que isto só cria um espirito combativo  e cerra os ouvidos e corações à entrada da verdade. Temos uma obra a fazer, a qual não é derrubar , mas construir”. Evangelismo, p.574
F – Trabalho com as Crianças.
1 – “As lições ensinadas às crianças e aos jovens produzem sobre sua mente impressões que influenciariam seu caráter em grau muito maior do que o imaginam os adultos… Sempre que há um curso bíblico para os ministros e o povo, devemos, em ligação com ele, organizar uma classe para a juventude. Seus nomes devem ser registrados”. Evangelismo, p.581
2 – “Em todas as reuniões campais deve-se fazer trabalho pelas crianças. Dê-se a obreiros aptos o cuidado de educar constantemente as crianças. Pedi a bênção do Senhor sobre a semente semeada, e a convicção  do Espirito de Deus tomará posse mesmo dos pequeninos. Por meio dos pais serão alcançados”. Evangelismo, p.584

terça-feira, 24 de abril de 2012

Para nossas mães, tias e avós...

Você que me deu o bem mais precioso. “A vida”
Me esperou com tanto carinho.
Me ensinou os primeiros passos.
As primeiras palavras.
As lembranças mais antigas que tenho em você,
È a sua mão segurando a minha para me dar proteção.

Sua voz doce, cantando cantigas de ninar, me fazendo dormir e sonhar.
Um sonho sereno, tranqüilo, sabendo que você estaria ali a me proteger.


Você que lutou, sorriu, chorou.
Mas não deixou a amargura tomar conta de seu coração.
Você que me ensinou a ser mulher, mas continuar com meus sonhos de criança.
A ser forte, sem ser amarga.

Abrir meus caminhos, tomando sempre cuidado com as plantinhas ao redor.


                                    


Com você aprendi a ser “gente”
Que respeita “gente”.

Aprendi a ter fé, aprendi a aceitar os defeitos das pessoas.
Aprendi que o amor tem que ser incondicional.



Minhas melhores lembranças, são as que você cria todos os dias...
No amor que sinto em tudo o que você faz.
No brilho do seu olhar.

Mãe, que Deus a proteja sempre, te ilumine, te de forças para continuar sua batalha.
E que eu possa sempre sentir e ter esse amor maior em todos os momentos de minha vida.




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segunda-feira, 9 de abril de 2012

Porque são necessários os espinhos




Certa vez, um jardineiro encantado com uma linda roseira que plantara, resolveu colher uma linda rosa para oferecê-la a quem mais estimava. Ao entregar a linda rosa, a pessoa que a recebeu deixou sair em bem alto som um aaaiiiiii! Sentindo-se muito envergonhado e desapontado, o jardineiro abaixou-se e recolheu a rosa. E, não demonstrando tão grande admiração pela sua oferta, desculpou-se e saiu... Ouviu-se então uma voz: Espere não se vá! Um pouco cabisbaixo, virou-se e ficou à espera de uma rajada de palavras duras ou murmurações que pudessem sair da boca daquela tão admirada pessoa a quem ofereceu a rosa.
 Para sua surpresa, ouve-se um... MUITO OBRIGADA! Perplexo e não acreditando no que acabara de ouvir, arriscou em fazer esta pergunta: Obrigado por quê? Como ousas agradecer-me por algo que te feriu? E a resposta veio numa suave e meiga voz... Não me feriu, apenas deixará uma marca para que eu jamais me esqueça deste teu gesto singelo. 


Esta história faz-me lembrar o que o Apóstolo Paulo disse em 2 Coríntios 12.7: “E, para que me não exaltasse pelas excelências das revelações, foi-me dado um espinho na carne...”. Muitas vezes é necessário que Deus permita uma marca em nós. Muitas vezes esta marca vem com a mais nobre das intenções, como foram as das mãos de Jesus, com a pretensão de salvação para todos quantos a almejarem. São as marcas que nos fazem lembrar quanto Deus nos ama e quanto Ele se preocupa conosco. Se hoje recebeste algum presente que te deixou marcas, agradece! Não permitas que o Jardineiro, que muito te estima, se retire com o som estridente do teu aaiiii! ... ... Sem que Ele ouça o teu muito obrigado pelos espinhos! E disse-me: A minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza... Pelo que sinto prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias, por amor de Cristo. Porque, quando estou fraco, então, sou forte. (2 Coríntios 12.9,10) 

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sábado, 14 de janeiro de 2012

A Fé e As Obras




Somos justificados pela fé ou pelas obras?

Rm. 3.28, “o homem é justificado pela fé sem as obras da lei”
Tg. 2.24, “o homem é justificado pelas obras, e não somente pela fé.”

Introdução - Os evangélicos de hoje estão divididos sobre o evangelho. Os judaizantes do passado pregavam que a justiça provinha das obras (At. 15.1; Gl. 2.21). Existem muitos evangélicos hoje que pregam que a graça não é suficiente para preservar os salvos até o dia de Jesus Cristo. Pregam que, além de crer em Cristo Jesus é necessário ser batizado , falar línguas , ser fiel às Escrituras , guardar o sábado , e outros deveres diversos . Portanto, os evangélicos ensinam igual aos judaizantes, pois adicionam obras à graça para efetuar uma eterna salvação, ou seja, a salvação não é por Deus somente pela graça, mas incluem as obras do homem.

Existem os que pregam que a salvação é puramente pela graça de Deus e que Ele termina aquilo que Ele começou (Jo. 10.27-30; Fp. 1.6; Jd. 24-25). Dizer que é necessário uma obra qualquer do homem salvo para manter, selar, completar, ou segurar a sua salvação de qualquer forma, não é a mensagem de Cristo (Mt. 4.17) e nem dos apóstolos (At. 15.7-11; 20.21) e portanto não é uma mensagem alternativa do evangelho. Tal pregação não é salvação mas é maldição (Gl. 1.6-9). Tal pregação não é uma pregação bíblica da graça, mas uma heresia que fundamenta uma suposta salvação nas obras (Rm. 11.6; Gl. 5.1-4). Então se vê que os evangélicos estão divididos sobre o evangelho.

O Argumento da Justificação Sem as Obras - O apóstolo Paulo diz pela inspiração que somos salvos pela fé e não pelas obras. (Ef. 2.8-10, “Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se glorie; porque somos feitura sua, criados em Cristo Jesus para as boas obras, as quais Deus preparou para que andássemos nelas.”; Gl. 2.16). Essa verdade é enfatizada pela vida de Abraão: “Porque, se Abraão foi justificado pelas obras, tem de que se gloriar, mas não diante de Deus.” (Rm. 4.2). Usando Abraão ainda mais ele termina: “Concluímos, pois, que o homem é justificado pela fé sem as obras da lei.” (Rm. 3.28). O assunto não é difícil de entender. Somos salvos pela fé e não pelas obras. A nossa justificação é por confiar nas obras de Cristo na cruz. Pela fé na Sua obra, somos salvos! Não haveria dúvida nenhuma sobre esse assunto se não tivesse outro comentário que usasse a palavra justificação em conexão com as obras.

O Argumento da Justificação Pelas Obras – Tiago usa a palavra justificação em conexão com as obras. Tiago, um homem santo de Deus falando palavras pela inspiração ensina que a fé sem as obras é morta (Tg. 2.17, “Assim também a fé, se não tiver as obras, é morta em si mesma.”) Ele pronuncia a verdade tão pura quanto Paulo raciocina que as obras são verdadeiramente necessárias e faz uma afirmação interrogativa: “Porventura o nosso pai Abraão não foi justificado pelas obras, quando ofereceu sobre o altar o seu filho Isaque?” (Tg. 2.21). O raciocínio claro de Tiago conclue o assunto: “Vedes então que o homem é justificado pelas obras, e não somente pela fé.” (Tg 2.24). Se não tivesse outra afirmação na bíblia sobre o assunto feita por outro escritor, não teríamos nenhuma dúvida que somos salvos pela operação conjunta de fé e as obras.

Quando a bíblia parece estar contra si mesma, é necessário um olhar bem melhor. Qualquer argumento que lança as Escrituras contra as Escrituras nunca é um argumento sábio. Quando parece estar contra si mesma é necessário um exame melhor do contexto de cada passagem. Só assim saberemos o que Deus intentou nos ensinar. O Pr. Davis Huckabee, no seu estudo sobre hermenêutica cita um colega dele: “Não há nenhum texto separado do contexto”.

O Contexto de Rm. 3.28, “o homem é justificado pela fé sem as obras da lei”

Em Romanos capítulo três, o apóstolo Paulo trata salvação pela fé. Ele explica primeiramente sobre a condição deplorável do homem pecador, tanto judeu quanto gentio (Rm. 3.1-9). É estipulado que os dois povos estão igualmente debaixo do pecado, e portanto, condenados de igual forma (Rm. 3.10-20). Diante da lei todos são pecadores, e, pela graça de Deus, sem um tratamento diferenciado para com o judeu sobre o gentio, todos que creem Jesus Cristo pela fé conhecem a justiça de Deus (Rm. 3.21-24). Paulo ensina que tal salvação pela fé exalta Deus por Ele ser tanto o justo e justificador daqueles que tem fé em Jesus (Rm. 3.26). Tendo tratado o assunto da salvação pela fé igualmente ao judeu ou ao gentio Paulo declara: “Concluímos, pois, que o homem é justificado pela fé sem as obras da lei. É porventura Deus somente dos judeus? E não o é também dos gentios? Também dos gentios, certamente, visto que Deus é um só, que justifica pela fé a circuncisão, e por meio da fé a incircuncisão.” (Rm. 3.28-30).

Quando Paulo usa a palavra “justifica” (v. 30); “justificada” ou “justificado” (v. 20, 24, 28) ele a usa em sentido judicial, ou seja, de homem para com Deus. No grego essa palavra tem este significado: apresentar (manifestar, demonstrar) justo ou inocente (#1344, dikaioo, Strongs). O culpado pode ser apresentado justo e inocente (justificado) diante de Deus somente pela fé na obra de Jesus Cristo.

No capítulo quatro, Paulo continua essa lógica bíblica em que a salvação é pela graça de Deus para com todos que creem pela fé em Jesus Cristo. Paulo relembra aos cristãos na igreja em Roma que Abraão creu em Deus pela fé, e, igualmente como todo e qualquer pecador salvo, a sua fé lhe foi imputada como justiça (Rm. 4.1-3). Se fosse a salvação de outra forma qualquer, não seria segundo a graça, mas segundo a dívida (Rm. 4.4). Essa fé de Abraão, para a salvação da sua alma, não foi quando ofereceu o seu filho prometido a Deus (Gn. 21), mas uns quarenta anos antes, quando ainda na incircuncisão (Gn. 15; Rm. 4.9-22). Resumindo, Abraão foi salvo pela fé em Jesus Cristo como qualquer pecador arrependido em qualquer época. O contexto das declarações de Paulo é um contexto de salvação. Ele ensina isto: o pecador arrependido é feito justo diante de Deus pela fé nas obras de Cristo Jesus e não pelas obras do pecador.

O contexto de: Tg. 2.24, “o homem é justificado pelas obras, e não somente pela fé.”

Tiago tem outro foco, ou seja, os salvos comprovam a sua fé pelas obras de obediência da Palavra de Deus. Na passagem de Tiago capítulo dois ele está falando aos “irmãos” (v. 1), ou seja, aos salvos, sobre a vivencia da sua fé (“não tenhais a fé de nosso Senhor Jesus Cristo ..., v. 1). Ele ensinou que os que tinham a fé verdadeira não deveriam tratar os salvos ricos com mais amor e respeito do que os salvos de menos poder aquisitivo (v. 1-14). Ele relembra que Deus salva mais pobres do que ricos (v. 5-7) e além disso, devem amar o próximo (rico ou pobre) como a si mesmo (v. 8-13). Resumindo: Tiago enfatiza que os salvos comprovam a sua fé pelas obras de obediência.

Tiago usa a mesma palavra de Paulo (#1344, dikaioo, Strongs) para ensinar essa verdade. Mas uma diferença importante é observada, ou seja, a apresentação da sua qualidade de justo ou inocente não está diante de Deus (uso judicial) mas diante dos irmãos e do mundo (uso prático)!

Tiago ensina essa verdade para mostrar como a nossa fé deve ser exercitada diante dos homens. Por exemplo: para com os que não têm o suficiente para vestir ou comer (v. 14-20). Ele raciocina, se a fé em Jesus Cristo não faz diferença na sua vida para com os irmãos; se não manifesta a conformidade à imagem do Salvador (Rm. 8.29); se não há compaixão para com o seu irmão, a sua fé está morta! Ele implica que tal “cristão” está enganado, e não tem a fé verdadeira! A lição de Tiago é: As suas obras justificam ou manifestam se você é um justo verdadeiro. Ou em outras palavras, a sua fé é justificada (manifesta, declarada, apresentada como justa) pelas obras.

Outro exemplo de Tiago para ensinar que a comprovação da fé é pelas obras é Abraão. Abraão manifestava ou apresentava a sua fé pelas obras quando ofereceu sobre o altar o seu filho Isaque (v. 21-24). Nesse mesmo sentido Tiago usa Raabe como outro exemplo para ensinar que a comprovação da fé é pelas obras. Raabe apresentava a sua fé pelas obras diante dos outros quando recolheu os emissários, e depois despediu por outro caminho (v. 25-26). A fé destes foi justificada pelas obras. Resumindo: Tiago ensina que a fé correta produz as obras de obediência.

Aplicação – Paulo e Tiago estão ensinando verdades bíblicas e inspiradas. Todavia não estão ensinando a mesma verdade ao mesmo grupo de pessoas. É como foi dito por um teólogo: “O pecador é justificado pela fé. A fé do cristão é justificada pelas obras” (Dr. J. B. Link, citado pelo B. H. Carroll)
Paulo ensina que há uma justificação diante de Deus e essa é somente pela fé nas obras de Cristo na cruz pelos pecadores que se arrependem e creem. Você tem essa justificação? Se tiver, a sua fé é de Deus pela graça.

Tiago ensina que há também uma justificação diante dos outros e essa é pelas obras do cristão em obediência à Palavra de Deus. A lealdade do cristão é provada pelas obras. Você tem essa manifestação bíblica da sua fé diante dos outros? Se não tiver, a sua fé não é tão boa quanto pensa; é morta. 

Bibliografia
BÍBLIA SAGRADA. São Paulo, Sociedade Bíblica Trinitariana do Brasil, 1994.
CARROLL, B. H., B. H. Carroll’s Interpretation of the Whole Bible., em CD, kdoidaho@earthlink.net
Let Us Reason Together, A Fe Sem as Obras é Morta, tradução por Mary Schultz, http://www.cpr.org.br/fe_sem_obras.htm

Autor: Pr Calvin Gardner
Correção gramatical: Edson Elias Basilio - 12/2009
Fonte: www.PalavraPrudente.com.br