terça-feira, 17 de maio de 2011

Estudo Pentecostal - Resumo e detalhação


Atributos de Deus



A Bíblia não procura comprovar que Deus existe. Em vez disso ela declara a sua existência e apresenta seus numerosos atributos. Muitos desses atributos são exclusivos dEle, como Deus; outros existem em parte também nos seres humanos, pelo fato de terem sido criado à imagem de Deus.

Atributos Exclusivos de Deus

1- Deus é onipresente - Ele está presente em todos os lugares ao mesmo tempo. (SL 139.7-12; Jr 23.23,24; At 17.27,28) Deus observa tudo que fazemos;

2- Deus é onisciente - Ele sabe todas as coisas (Sl 139,1-6; 147.5) Ele conhece não somente nosso procedimento, mas também nossos próprios pensamentos. (1 Sm16.7; 1 Rs 8.39; Sl 44.21; Jr 17.9,10).

3- Deus é onipotente - Ele é todo poderoso e detém toda a autoridade sobre todas as coisas e sobre todas as criaturas (Sl 147.13,18; Jr 32.17; Mt 19.26; Lc 1.37). Isso não quer dizer, jamais, que Deus empregue sempre todo seu poder e autoridade. Por exemplo, Deus tem poder para exterminar totalmente o pecado, mas optou por não fazer assim, ate o final da história humana, visto que isso feriria toda o livre arbítrio e a idoneidade das pessoas, que têm o direito concedido por Deus de escolher seus próprios caminhos. (ver 1 Jo 5.19). Esse poder, a ser empregado em nós, depende do grau de entrega e de submissão a Ele. (Ef 3.20)

4- Deus é transcendente - Ele é diferente e independente de sua criação (Êx 24.9-18; Is 6.1-3; 40.12-26; 55.8,9). Seu ser e sua existência são infinitamente maiores e mais elevadas que a ordem por Ele criada ( 1 Rs 8.27; Is 66.1,2; At 17.24,25). Ele subsiste de modo absolutamente perfeito e puro, muito além daquilo que Ele criou.

5- Deus é eterno - Ele é de eternidade à eternidade. ( Sl 90.1,2; 102.12; Is 57.12)

6- Deus é imutável - Ele é inalterável nos seus atributos, nas suas perfeições e nos seus propósitos para a raça humana (Nm 23.19: Sl 102.26.28; Is 41.4; Ml 3.6; Hb 1.11, 12; Tg 1.17). Contudo, isso não significa que Deus não possa alterar suas decisões temporárias para com os homens mas ele fez isso, anteriormente e o faz agora (Jn 3.6-10). Ele também é livre para atender as orações dos seu povo e atende-las. (Nm 14.1-20; 2 Rs 20.2-6; Is 38.2-6; Lc 18.1-8)

7- Deus é perfeito e santo - Ele é absolutamente isento de pecado e é puro, e é perfeitamente justo (Lv 11.44,45; Sl 85,13; 145.17; Mt 5.48). Adão e Eva foram criados sem pecado (Gn 1.31), mas com a possibilidade de pecarem. Deus, no entanto não pode pecar (Nm 23.19; 2Tm 2.13; Tt 1.2; Hb 6.18) Sua santidade inclui também o cumprimento de suas palavras e promessas.

8- Deus é trino e uno - Ele é um só Deus (Dt 6.4; Is 45.21; 1 Co 8.5,6; Ef 4.6; 1 Tm 2.5), manifesto em três pessoas: Pai, Filho e Espírito Santo.

Atributos Morais de Deus

Muitas características do Deus único e verdadeiro, especialmente seus atributos morais, têm certa similitude com as qualidades humanas; sendo, porém, evidente que todos os seus atributos existem em grau infinitamente superior aos humanos. Por exemplo, embora Deus e o ser humano possuam a capacidade de amar, nenhum ser humano é capaz de amar com o mesmo grau de intensidade como Deus ama. Além disso, devemos ressaltar que a capacidade humana de ter essas características vem do fato de sermos criados à imagem de Deus (Gn 1.26,27); noutras palavras, temos a sua semelhança, mas Ele não tem a nossa; i.e., Ele não é como nós.

(1) Deus é bom (Sl 25.8; 106.1; Mc 10.18). Tudo quanto Deus criou originalmente era bom, era uma extensão da sua própria natureza (Gn 1.4,10,12,18,21,25,31). Ele continua sendo bom para sua criação, ao sustentá-la, para o bem de todas as suas criaturas (Sl 104.10-28; 145.9; Ele cuida até dos ímpios (Mt 5.45; At 14.17; Sl 145.18-20).

(2) Deus é amor (1Jo 4.8). Seu amor é altruísta, pois abraça o mundo inteiro, composto de humanidade pecadora (Jo 3.16; Rm 5.8). A manifestação principal desse seu amor foi a de enviar seu único Filho, Jesus, para morrer em lugar dos pecadores (1Jo 4.9,10). Além disso, Deus tem amor paternal especial àqueles que estão reconciliados com Ele por meio de Jesus (ver Jo 16.27 nota).

(3) Deus é misericordioso e clemente (Êx 34.6; Dt 4.31; 2Cr 30.9; 'Sl 103.8; 145.8; Jl 2.13); Ele não extermina o ser humano conforme merecemos devido aos nossos pecados (Sl 103.10), mas nos outorga o seu perdão como dom gratuito a ser recebido pela fé em Jesus Cristo.

(4) Deus é compassivo (2Rs 13.23; Sl 86.15; 111.4). Ser compassivo significa sentir tristeza pelo sofrimento doutra pessoa, com desejo de ajudar. Deus, por sua compaixão pela humanidade, proveu-lhe perdão e salvação (cf. Sl 78.38). Semelhantemente, Jesus, o Filho de Deus, demonstrou compaixão pelas multidões ao pregar o evangelho aos pobres, proclamar libertação aos cativos, dar vista aos cegos e pôr em liberdade os oprimidos (Lc 4.18; cf. Mt 9.36; 14.14; 15.32; 20.34; Mc 1.41; ver Mc 6.34 nota).

(5) Deus é paciente e lento em irar-se (Êx 34.6; Nm 14.18; Rm 2.4; 1Tm 1.16). Deus expressou esta característica pela primeira vez no jardim do Éden após o pecado de Adão e Eva, quando deixou de destruir a raça humana conforme era seu direito (cf. Gn 2.16,17). Deus também foi paciente nos dias de Noé, enquanto a arca estava sendo construída (1Pe 3.20). E Deus continua demonstrando paciência com a raça humana pecadora; Ele não julga na devida ocasião, pois destruiria os pecadores, mas na sua paciência concede a todos a oportunidade de se arrependerem e serem salvos (2Pe 3.9).

(6) Deus é a verdade (Dt 32.4; Sl 31.5; Is 65.16; Jo 3.33). Jesus chamou-se a si mesmo “a verdade” (Jo 14.6), e o Espírito é chamado o “Espírito da verdade” (Jo 14.17; cf. 1Jo 5.6). Porque Deus é absolutamente fidedigno e verdadeiro em tudo quanto diz e faz, a sua Palavra também é chamada a verdade (2Sm 7.28; Sl 119.43; Is 45.19; Jo 17.17). Em harmonia com este fato, a Bíblia deixa claro que Deus não tolera a mentira nem falsidade alguma (Nm 23.19; Tt 1.2; Hb 6.18).

(7) Deus é fiel (Êx 34.6; Dt 7.9; Is 49.7; Lm 3.23; Hb 10.23). Deus fará aquilo que Ele tem revelado na sua Palavra; Ele cumprirá tanto as suas promessas, quanto as suas advertências (Nm 14.32-35; 2 Sm 7.28; Jó 34.12; At 13.23,32,33; ver 2Tm 2.13 nota). A fidelidade de Deus é de consolo inexprimível para o crente, e grande medo de condenação para todos aqueles que não se arrependerem nem crerem no Senhor Jesus (Hb 6.4-8; 10.26-31).

(8) Finalmente, Deus é justo (Dt 32.4; 1Jo 1.9). Ser justo significa que Deus mantém a ordem moral do universo, é reto e sem pecado na sua maneira de tratar a humanidade (Ne 9.33; Dn 9.14). A decisão de Deus de castigar com a morte os pecadores (Rm 5.12; ver o estudo A MORTE), procede da sua justiça (Rm 6.23; cf. Gn 2.16,17); sua ira contra o pecado decorre do seu amor à justiça (Rm 3.5,6; ver Jz 10.7 nota). Ele revela a sua ira contra todas as formas da iniqüidade (Rm 1.18), principalmente a idolatria (1Rs 14.9,15,22), a incredulidade (Sl 8.21,22; Jn 3.36) e o tratamento injusto com o próximo (Is 10.1-4; Am 2.6,7).


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Falsos Mestres

Descrição obreiros corrompidos e distanciados da verdade, como os mestres da lei de Deus, nos dias de Jesus (Mt 24.11,24). Jesus adverte, aqui, que nem toda pessoa que professa a Cristo é um crente verdadeiro e que, hoje, nem todo escritor evangélico, missionário, pastor, evangelista, professor, diácono e outros obreiros são aquilo que dizem ser.

Esses obreiros “exteriormente pareceis justos aos homens” (Mt 23.28). Aparecem “vestidos como ovelhas” (Mt 7.15). Podem até ter uma mensagem firmemente baseada na Palavra de Deus e expor altos padrões de retidão. Podem parecer sinceramente empenhados na obra de Deus e no seu reino, demonstrar grande interesse pela salvação dos perdidos e professar amor a todas as pessoas. Parecerão ser grandes ministros de Deus, líderes espirituais de renome, ungidos pelo Espírito Santo. Poderão realizar milagres, ter grande sucesso e multidões de seguidores (Mt 7.21-23; 24.11,24; 2Co 11.13-15).

Todavia, esses homens são semelhantes aos falsos profetas dos tempos antigos (Dt 13.3; 1Rs 18.40; Ne 6.12; Jr 14.14; Os 4.15), e aos fariseus do NT. Longe das multidões, na sua vida em particular, os fariseus entregavam-se à “rapina e de iniqüidade” (Mt 23.25).

De duas maneiras, esses impostores conseguem uma posição de influência na igreja.

a) Alguns falsos mestres e pregadores iniciam seu ministério com sinceridade, veracidade, pureza e genuína fé em Cristo. Mais tarde, por causa do seu orgulho e desejos imorais, sua dedicação pessoal e amor a Cristo desaparecem lentamente. Em decorrência disso, apartam-se do reino de Deus (1Co 6.9,10; Gl 5.19-21; Ef 5.5,6) e se tornam instrumentos de Satanás, disfarçados em ministros da justiça (2Co 11.15).

b) Outros falsos mestres e pregadores nunca foram crentes verdadeiros. A serviço de Satanás, eles estão na igreja desde o início de suas atividades (Mt 13.24-28,36-43). Satanás tira partido da sua habilidade e influência e promove o seu sucesso. A estratégia do inimigo é colocá-los em posições de influência para minarem a autêntica obra de Cristo. Se forem descobertos ou desmascarados, Satanás sabe que grandes danos ao evangelho advirão disso e que o nome de Cristo será menosprezado publicamente.

A Prova: Quatorze vezes nos Evangelhos, Jesus advertiu os discípulos a se precaverem dos líderes enganadores (Mt 7.15; 16.6,11; 24.4,24; Mc 4.24; 8.15; 12.38-40; 13.5; Lc 12.1; 17.23; 20.46; 21.8). Noutros lugares, o crente é exortado a pôr à prova mestres, pregadores e dirigentes da igreja (1Ts 5.21; 1 Jo 4.1).

Como podemos discerni-los?

Duas formas de discernimento:

(A) Discernir até que ponto a pessoa se baseia nas Escrituras. Este é um ponto fundamental. Ela crê e ensina que os escritos originais do AT e do NT são plenamente inspirados por Deus, e que devemos observar todos os seus ensinos (2Jo 9-11)? Caso contrário, podemos estar certos de que tal pessoa e sua mensagem não provêm de Deus.

(B) Finalmente, verifique a integridade da pessoa quanto ao dinheiro do Senhor. Ela recusa grandes somas para si mesma, administra todos os assuntos financeiros com integridade e responsabilidade, e procura realizar a obra de Deus conforme os padrões do NT para obreiros cristãos? (1Tm 3.3; 6.9,10).

Apesar de tudo que o crente fiel venha a fazer para avaliar a vida e o trabalho de tais pessoas, não deixará de haver falsos mestres nas igrejas, os quais, com a ajuda de Satanás, ocultam-se até que Deus os desmascare e revele aquilo que realmente são.

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Eleição e Predestinação

(1) A eleição é cristocêntrica, a eleição de pessoas ocorre somente em união com Jesus Cristo. Deus nos elegeu em Cristo para a salvação. (Mt 12.18; cf. Is 42.1,6; 1Pe 2.4). Ninguém é eleito sem estar unido a Cristo pela fé.

(2) A eleição é feita em Cristo, pelo seu sangue; O propósito de Deus é ter um povo para si mediante a morte redentora de Cristo na cruz. Sendo assim, a eleição é fundamentada na morte sacrificial de Cristo, no Calvário, para nos salvar dos nossos pecados (At 20.28; Rm 3.24-26).

(3) A eleição em Cristo é em primeiro lugar coletiva, i.e., a eleição de um povo (1.4,5, 7, 9; 1Pe 1.1; 2.9). o "povo adquirido" por Deus (1Pe 2.9) e a "noiva" de Cristo (Ap 21.9). Logo, a eleição é coletiva e abrange o ser humano como indivíduo, somente à medida que este se identifica e se une ao corpo de Cristo.

(4) A eleição para a salvação e a santidade do corpo de Cristo são inalteráveis. Mas individualmente a certeza dessa eleição depende da condição da fé pessoal e viva em Jesus Cristo, e da perseverança na união com Ele.

(5) A eleição para a salvação em Cristo é oferecida a todos (Jo 3.16,17; 1Tm 2.4-6; Tt 2.11; Hb 2.9), e torna-se uma realidade para cada pessoa consoante seu prévio arrependimento e fé, ao aceitar o dom da salvação em Cristo (2.8; 3.17; cf. At 20.21; Rm 1.16; 4.16). Mediante a fé, o Espírito Santo admite o crente ao corpo eleito de Cristo (a igreja) (1 Co 12.13), e assim ele torna-se um dos eleitos.


A PREDESTINAÇÃO. A predestinação (gr. proorizo) significa "decidir de antemão" e se aplica aos propósitos de Deus inclusos na eleição. A eleição é a escolha feita por Deus, "em Cristo", de um povo para si mesmo (a igreja verdadeira). A predestinação abrange o que acontecerá ao povo de Deus (todos os crentes genuínos em Cristo).


(1) Deus predestina seus eleitos a serem:


(a) chamados (Rm 8.30);

(b)justificados (Rm 3.24; 8.30);

(c) glorificados (Rm 8.30);

(d) conformados à imagem do Filho (Rm 8.29);

(e) santos e inculpáveis (1.4);

(f) adotados como filhos (1.5);

(g) redimidos (1.7);

(h) participantes de uma herança (1.14);

(i) para o louvor da sua glória (1.12; 1Pe 2.9);

(j) participantes do Espírito Santo (1.13; Gl 3.14);

(l) criados em Cristo Jesus para boas obras (2.10).

(2) A predestinação, assim como a eleição, refere-se ao corpo coletivo de Cristo (i.e., a verdadeira igreja), e abrange indivíduos somente quando inclusos neste corpo mediante a fé viva em Jesus Cristo (1.5, 7, 13; cf. At 2.38-41; 16.31).


RESUMO. No tocante à eleição e predestinação, podemos aplicar a analogia de um grande navio viajando para o céu. Deus escolhe o navio (a igreja) para ser sua própria nau. Cristo é o Capitão e Piloto desse navio. Todos os que desejam estar nesse navio eleito, podem fazê-lo mediante a fé viva em Cristo. Enquanto permanecerem no navio, acompanhando seu Capitão, estarão entre os eleitos. Caso alguém abandone o navio e o seu Capitão, deixará de ser um dos eleitos. A predestinação concerne ao destino do navio e ao que Deus preparou para quem nele permanece. Deus convida todos a entrar a bordo do navio eleito mediante Jesus Cristo.


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Como ter certeza da salvação?


Temos a certeza da vida eterna quando cremos “no nome do Filho de Deus”(1Jo5.13;4.15;5.1,5). Não há vida eterna, nem certeza da salvação,sem uma fé inabalável em Jesus Cristo; fé esta que o confessa como o Filho de Deus, enviado como Senhor e Salvador nosso.

Temos a certeza da vida eterna quando temos Cristo como Senhor da nossa vida e procuramos sinceramente guardar os seus mandamentos. E nisto sabemos que o conhecemos: se guardarmos os seus mandamentos.

Temos certeza da vida eterna quando habitual e continuamente praticamos a justiça, e não o pecado(1Jo2.29). Por outro lado, quem vive na prática do pecado não é de Deus (1Jo3.7-10;1Jo3.9). Temos certeza da vida eterna quando amamos os irmãos (1Jo 3.14 e 2.9-11 e 4.7,12,20 e 5.1; Jo 13.34,35).

Temos a certeza da vida eterna quando nos esforçamos para seguir o exemplo de Jesus e viver como ele viveu (1Jo2.6; Jo13.15).

Temos a vida eterna quando cremos, aceitamos e permanecemos na “Palavra da vida”, o Cristo vivo (1Jo1.1), e de igual modo procedemos com a mensagem de Cristo e dos apóstolos, conforme o NT (1Jo2.24 e 1.1-5 e 4.6).

Temos a certeza da vida eterna quando temos um intenso anelo e uma inabalável esperança pela volta de Jesus Cristo, para nos levar para si mesmo.

Temos a vida eterna quando amamos nossos irmãos os irmãos. (Jo 13.34,35).

Temos a vida eterna quando amamos o pai, o filho e o Espírito Santo e não o mundo. (1 Jo 2.15).











Estudo e Resumo com base na Bíblia Sagrada de Estudo Pentecostal.

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